Li há dias um artigo interessante sobre os
exageros cometidos nestas alturas do ano, sei que há quem peque por defeito,
mas há mais quem peque por excesso…
Por vezes, convém parar e pensar no que poderá
estar a exagerar. Estou a falar de peso, sim, mas do emocional ou…acha que esse
também não conta?
Gostaria de relembrar que quando nascemos
carregamos emoções imprimidas no nosso ADN, tal bagagem às costas, como ferramentas
básicas que bem trabalhadas dão origem a outras mais complexas… Porém se não as
conseguir gerir, poderão tornar-se num verdadeiro desafio à (sua) autoridade!
O medo é uma dessas ferramentas (emoções) básicas,
com caráter pré-cognitivo que dispara tal gatilho a uma velocidade estonteante,
no entanto, é fundamental para o nosso equilíbrio e auto-preservação. Sem
dúvida, essa emoção protege-o, tal melhor amigo do homem, que late a qualquer
estranho ou aparente ameaça. Mas, já pensou quantas coisas interessantes
afugentou ou não chegou a conhecer, por terem sido afastados pela feroz fera
que protege o seu território sagrado? Pois…se continuar a deixar que afugente tudo
o que parece diferente, a sua tolerância a novos desafios irá ficar seriamente
comprometida.
Saiba também que, quanto mais o alimentar, mais ele
vai exigir, aumentando o seu tamanho e reproduzir-se talvez, formando uma
matilha de… medinhos.
Pode metê-lo numa jaula, ou amarrá-lo na casota,
mas isso irá torná-lo mais nervoso e se se soltar, sairá mais descontrolado do
que nunca. Talvez seja mais sensato compreender e aceitar a sua essência,
respeitando-o, mas nunca lhe permitindo o domínio e acima de tudo: nunca lhe
mostre medo!
Para isso lembre-se de o pôr num regime de
alimentação saudável, aconselha-se uma boa dieta e exercício. Enfrente o seu
medo, mostre-lhe afinal quem manda… e se houver alguém que o tente alimentar
e à sua matilha de medinhos (mesmo que seja às suas escondidas), coloque um sinal já avisando: Please do
not feed the fears, they're on a restricted diet!