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terça-feira, 14 de agosto de 2012

A Chama

Segundo a mitologia, Prometeu roubou o fogo (sagrado) de Zeus para o entregar aos mortais; era conhecido pela sua astúcia, inteligência, porém a sua audácia seria paga à melhor maneira da tragédia grega… De Ésquilo a Goethe, o imaginário de semi-deuses, que ultrapassam obstáculos impossíveis e herculineos, sempre povoou o pensamento ocidental, como uma veia motriz e motivadora para acção.

Mas o que mantém a psique activa, interessada, motivada -  o que nos chama?    
Foto original
Estarmos motivados, interessados e activos como fogo-de-artifício (lindo por sinal!) tem um carácter espectacular mas efémero, pois transformar a faísca em chama, mantê-la acesa e forte, exigirá bastante empenho e audácia q.b.
                                                                                    
                           
A atitude (predisposição interna, estável e duradoura em relação a determinado objecto social, composta pelas componentes afectiva, cognitiva e comportamental) funciona como ignição e catalisador para a chama, sendo que ninguém pode apagá-la, excepto nós.  É esse o busílis da questão, obviamente haverá factores e condicionantes de ordem externa, mas a chama só se apaga quando quisermos; e é claro, podemos sempre reacendê-la.

Certamente ter-se-á de correr riscos, enfrentar obstáculos, sair da zona de conforto… mas o "fogo sagrado" compensará tal ousadia.