Regressada há poucas horas de Bordéus ainda com
todas sensações positivas pululantes na bagagem da memória, não quero deixar
passar ao esquecimento uma frase que ouvi aquando de uma agradável visita a um
dos Châteaux produtores de vinho: “Wine is time”.
Relembro a fisionomia do proprietário da vinha,
um robusto senhor na casa dos seus férteis 70 anos, com socalcos profundos
marcados na cara, dono de um sorriso enternecedor que lhe iluminava a cara
sempre que falava da paixão da sua vida: o vinho.
Ah! Que registos guardam as pessoas que
trabalham naquilo que adoram, transformando o que fazem na sua própria vida.
Vivem e trabalham nas vinhas, fazem da arte do vinho a sua arte de viver.
Enologia não é só apreciar o néctar no copo, para chegar a esse resultado há todo um processo que se desenrola nos bastidores bucólicos. É preciso conhecer as uvas de qualidade, saber quando se encontram prontas para colheita. Da apanha manual, ao transporte das uvas, ao processo de fermentação, há um processo de savoir-faire que apesar de se aprender nos livros, se complementa com a mestria dos anos de prática e, sobretudo, com uma enorme paixão pelo que se faz.
Enologia não é só apreciar o néctar no copo, para chegar a esse resultado há todo um processo que se desenrola nos bastidores bucólicos. É preciso conhecer as uvas de qualidade, saber quando se encontram prontas para colheita. Da apanha manual, ao transporte das uvas, ao processo de fermentação, há um processo de savoir-faire que apesar de se aprender nos livros, se complementa com a mestria dos anos de prática e, sobretudo, com uma enorme paixão pelo que se faz.
Para se fazer um bom vinho há que deixá-lo
amadurecer nas teias do tempo, há que lidar com as condições climatéricas que
tanto podem favorecer as vindimas, como destruí-las. Uma vida árdua, esta da
arte de fazer vinho...
Mas há sorrisos que não têm preço, que ultrapassam todos os postiços, os amarelos e os de conveniência; são aqueles que rasgam da espontaneidade de quem é verdadeiramente livre e cuja paixão é autêntica. Mas para tudo isso há que dar tempo ao tempo, pois as pressas não costumam gerar vintage.
Mas há sorrisos que não têm preço, que ultrapassam todos os postiços, os amarelos e os de conveniência; são aqueles que rasgam da espontaneidade de quem é verdadeiramente livre e cuja paixão é autêntica. Mas para tudo isso há que dar tempo ao tempo, pois as pressas não costumam gerar vintage.