Mês de Março, a chegada de uma nova estação, o despertar da Natureza, as limpezas habituais da Primavera… Sempre que penso nesta altura do ano, lembro-me de uma palavra causadora de tantos receios e algumas tempestades. Estou a falar de Mudança.
Limpar o sótão, esvaziar a mochila, bater com a porta – pequenos gestos… enormes passos de liberdade. (Não) querer é poder! Então, se há algo que o/a incomoda, não queira e… Mude. Sim, às vezes estamos presos a inúmeros pesos dos quais já não precisamos (se é que alguma vez precisamos!) a não ser para alimentar o nosso diálogo interior – aquela vozinha do “eu bem que te disse”.
Antes de Mudar há que dizer “não quero mais isto”! Pratique o desapego, renuncie, liberte-se, está sempre a tempo de Mudar. No entanto, convém salientar que ao remover a erva daninha do seu jardim, há que aproveitar a terra fresca e tratada para plantar outra semente. Aproveite esta Primavera: plante, germine, alimente e cuide da sua Mudança.

Se por acaso a Mudança entrou na sua vida de rompante, sem que a tivesse plantado; imposta como um raio repentino que cai do céu; sem que tenha sido pedida ou desejada, perspective-a como um abanão para progredir e não para recuar. Pois como Pessoa brilhantemente disse: “Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas Melhores possam vir”!
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