Na semana passada foi-me proposto um desafio à
última da hora para falar sobre resiliência, mais precisamente 24 horas antes. Se
aceitei? Sim, claro! Era uma excelente oportunidade para falar sobre um
conceito que a psicologia (tão interessantemente) importou da física, num
contexto informal, descontraído, longe das poltronas académicas.
O maior
desafio? Falar em 5 minutos. Incrível: para uns uma eternidade, para outros a
velocidade de um espirro. Como disse uma vez que é nos maiores desafios que se
fazem as maiores aprendizagens… aceitei sem hesitar.
Se fiquei satisfeita com a
minha performance? Visão do copo meio-cheio meio-vazio. Confesso que me centrei
mais no processo do que no resultado. Este é frequentemente subjectivo (mais do que se pensa), dependendo
de uma óptica, muitas vezes pré-formatada.
Não é a primeira vez que falo sobre resiliência
quer em contextos formais, quer informais, mas progressivamente vou
consolidando a ideia de que cada intervenção é única, pois a audiência é
diferente. Cada levantar do sobrolho, cada expressão de entusiasmo ou até mesmo
de discórdia, são sempre condimentos de motivação para chegar até ao mapa-mundo
do meu observador.
Sem dúvida que a melhor forma de homenagear a
resiliência é "ser-se resiliente" ao desenvolver mecanismos de coping resilientes per si…
como uma vez alguém disse (António Machado, poeta sevilhano): “Caminhante não há caminho, faz-se caminho ao andar”.