Páginas

terça-feira, 10 de abril de 2012

Convergindo ao divergir

Sempre encontrei interesse em explorar diferentes formas de observar o mundo: o copo meio-cheio, meio-vazio; a(s) figura(s) que sobressaem de uma mancha a preto e branco; a perspectiva angular dentro de cada prisma numa pirâmide. Veja-se o triângulo, é uma das figuras geométricas mais exploradas, com tantas formas, com divergentes ângulos… por sua vez, o quadrado, por mais convergente e “quadrado” que seja, tem o seu encanto, podendo-se desenhar círculos e triângulos lá dentro, é uma questão de os “ver”, de os colocar.

Quando penso no pensamento, penso nas diferentes formas de pensar; perdoe-se o pleonasmo.

O pensamento convergente, segundo Joy Paul Guilford é orientado para a direcção a uma resposta (considerada a mais correcta e eficaz), é um pensamento caracterizado pela lógica, em que dominam as operações mentais. No outro lado da moeda, encontra-se o pensamento divergente, sendo a capacidade de encontrar respostas baseadas na inovação, implicando a exploração cognitiva e mental em diferentes soluções para uma questão, frequentemente baseadas na intuição, na criatividade.

Confesso que tenho uma especial empatia por uma destas abordagens, e a ciência tem explicação para tal facto, dever-se-á à predominância de um dos meus hemisférios cerebrais, certamente… Porém, ao ter (mais) empatia por um, não quero negligenciar o outro. Há que analisar, testar e comprovar, até se rasgar com a “lógica” predominante através de uma boa dose de criatividade e de intuição, (não) será isso a genialidade?

“Logic will get you from A to Z. Imagination will get you everywhere.” (Albert Einstein).