Quantas vezes se abdica com receio das consequências,
esquivar, esperar para ver… Porém, ao “não decidir”, está-se a agir.
Optar por “não escolher”, consiste em si mesmo
numa escolha, de abstenção. A abstenção é uma posição.
Certamente existem aqueles caminhos
brilhantemente asfaltados, lisos e planos, no entanto, longos e cansativos de
percorrer, de tão infindáveis que se apresentam. Outras vezes, aparecem outros
todos sinuosos, cheios de buracos, acidentados, com lama causada pela chuva,
mas que não deixa de ser profundamente produtivo de percorrer, mesmo que fiquemos
cheios de lama…
Veja-se que o busílis da questão não se resume à
boa ou má escolha (mera questão avaliativa), mas à escolha em si, no poder
inevitável da decisão.
Como Viktor Frankl, brilhantemente, disse um dia: “A
human being is a deciding being”.