Quem (não) ouviu dizer: “Não tenho tempo, não há
tempo para isso!” No entanto, o dia tem 24 horas (todos os dias!), todos os
minutos têm 60 segundos, embora às vezes possam parecer uma eternidade.
Embora tenhamos consciência do tempo real e
físico, reflectidos nos relógios e calendários, a noção e compreensão do tempo
não é tão facilmente quantificável, variando com a vivência e experiência de cada
um de nós. O tempo psicológico essa entidade tão incompreendida é bem mais difícil
de avaliar… (Os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um
homem, Marcel Proust).
Segundo a literatura existem mitos acerca do
tempo, sendo os mais comuns:
·
A vida é totalmente controlada por
factores externos – desengane-se pois tem muito a dizer acerca da vida e da sua
especialmente!
·
Deve-se corresponder sempre às
expectativas dos outros – desengane-se, pois as suas expectativas influenciam
mais do que pensa.
É importante trabalhar as crenças relativas à
dimensão subjectiva do tempo e quanto ao “locus” de controlo do indivíduo –
isto é a sua experiência psicológica do tempo e o papel activo na sua gestão.
Certamente já ouviu falar em vários modelos da
gestão do tempo, mas penso que será importante, até pela sua objectividade,
referir o modelo da urgência e da importância na classificação de tarefas.
Tarefa
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Urgente
|
Não urgente
|
Importante
|
Tipo A
|
Tipo B
|
Não Importante
|
Tipo C
|
Tipo D
|
Tipo A =
Prioridade máxima
Tipo B =
Tarefa a médio prazo
Tipo C =
Delegue ou faça-a mais tarde
Tipo D =Não
perder tempo
Já pensou em aplicar
este modelo às coisas mais simples do seu quotidiano? Pelo menos encare-o como
uma fonte de reflexão acerca do que é prioritário e importante… e não “custa”
nada experimentar…
Para John Adair o tempo é um recurso escasso pelo que é importante ter em consideração os
ladrões do tempo, ou seja, toda e qualquer actividade
que o distrai da sua tarefa principal. Estes obstáculos aparecem desde a esfera
pessoal (auto-gestão), à comunicacional e à organizacional, há que apontá-los
para depois geri-los adequadamente.
Uma boa forma de gerir
estes “ladrões” é através de uma planificação do tempo através de uma boa
formulação de objectivos, da realização de listas de tarefas e de um diário do
tempo.
Para tudo isto vai ter
de “perder” um pouco de tempo para depois “ganhar” mais tempo. Não se esqueça
que: “Ser senhor do seu tempo é ser senhor de si próprio” (Voltaire).