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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Acerca da modelagem


A teoria da aprendizagem social (Albert Bandura) assenta na técnica da modelagem que consiste no princípio do reforço de “comportamentos aproximados” que se vão ajustando sucessivamente a um determinado modelo, i.e. num processo gradual em que as respostas se assemelham ao comportamento desejável. A modelagem é também designada como “método das aproximações sucessivas”.

A figura vicariante é importante, na medida, em que serve de modelo orientador para a alteração do comportamento, considere-se, a título de exemplo, o estudo dos estilos de comunicação no treino da assertividade.

Actualmente, a assertividade instalou-se e cimentou-se nos vocabulários clínico, empresarial, de desenvolvimento pessoal, sendo (uma exigência) transversal nos mais variados campos de acção profissionais.

O treino para a assertividade tem raízes comportamentalistas/behaviorismo social, mas foi com os contributos de Rogers (humanismo) baseados na lista de direitos humanos (Constituição dos E.U.A) que se fundamentou esta abordagem.
A promoção da assertividade passa pela tomada de consciência (insight) da linguagem corporal (não verbal), tom de voz e linguagem aquando de um relacionamento interpessoal, por exemplo. Veja-se, que, o treino para a assertividade é também muito frequente na Programação Neurolinguística (PNL) - trata-se de alterar os padrões instituídos de comunicação e modelá-los de acordo com metas e objectivos definidos.

Dito isto, gostaria que ficasse claro que não advogo a reprodução automatizada de comportamentos, como se o indivíduo se tratasse de uma simples tábua rasa. O treino da assertividade serve como uma mais-valia para “trabalhar” a performance, sobretudo ao nível das competências sociais, recorrendo-se ao ensaio e à modelagem propriamente dita. Realçam-se os exemplos do treino na ansiedade de performance (desportiva, protocolar, falar em público, entre outros).
Porém é, também, importante enfatizar a tomada de consciência (insight) dos processos interiores de funcionamento ao nível cognitivo e emocional, lembra-se das crenças? (cf. texto anterior). Assim, promove-se a alteração de perspectivas, importantes para a promoção da mudança e da interiorização de novos padrões de comportamento.

Já pensou que poderá ser interessante vestir novas peles, olhar através de diferentes lentes, perspectivar diferentes ângulos? E quem sabe introduzir mudança naquilo que acha que poderá  (ainda) melhorar e aperfeiçoar…